Os brasileiros retomaram os protestos contra os custos da Copa do Mundo, a algumas semanas do arranque do campeonato e a quatro meses das eleições presidenciais.
Depois de uma década de crescimento económico, o Brasil tem hoje uma economia marcada pelo baixo crescimento e alta inflação, com o investimento em queda e a criminalidade a aumentar.
O dia 15 de maio, anunciado Dia Internacional de Lutas contra a Copa, trouxe à rua ativistas de movimentos sociais e organizações civis.
Calcula-se que 170 mil famílias tenham sido desalojadas por causa da Copa 2014 e dos Jogos Olímpicos de 2016. O estádio do Itaquerão, em São Paulo, custou 450 milhões de dólares. Aqui terá lugar o primeiro jogo do Mundial do
Um protesto convocado pelo MTST (Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto) reuniu cerca de duas mil pessoas.
Uma das ativistas do MTST, Simone Pedra, aponta para aquilo que chama uma “vergonha”: faltarem serviços básicos de saúde e de apoio ao ensino, quando o dinheiro dos brasileiros é usado para construir estádios. “Eles não usam o nosso dinheiro para a saúde e educação, mas nestas construções”, acrescenta.
Na favela do Jacarezinho, na Zona Norte do Rio de Janeiro, a ONG Rio de Paz organizou aulas na rrua, para lembrar que as crianças não dispõem dos meios escolares.
António Costa, presidente desta ONG, gostaria de ver os problemas dos brasileiros serem tratados com a mesma prioridade e urgência com que são atendidas as exigências dos patrões da FIFA.
Durante a Copa, serão várias as escolas a fechar portas, para facilitar o tráfego. O facto de ser dada maior prioridade ao futebol do que à educação das crianças, indigna muitos brasileiros.
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